Páginas riso

domingo, 29 de abril de 2012

Como é um alentejano?…

Como é um alentejano?…

É, assim, a modos que atravessado.
Nem é bem branco, nem preto, nem castanho, nem amarelo, nem vermelho…

 E também não é bem judeu, nem bem cigano.
 Como é que hei-de explicar?

 É uma mistura disto tudo com uma pinga de azeite e uma côdea de pão.

Dos amarelos, herdámos a filosofia oriental, a paciência de chinês e aquela paz interior do tipo “não há nada que me chateie”;
 dos pretos, o gosto pela savana, por não fazer nada e pelos prazeres da vida;
 dos judeus, o humor cáustico e refinado e as anedotas curtas e autobiográficas;
 dos árabes, a pele curtida pelo sol do deserto e esse jeito especial de nos escarrancharmos nos camelos;


 dos ciganos, a esperteza de enganar os outros, convencendo-os de que são eles que nos estão a enganar a nós;

 dos brancos, o olhar intelectual de carneiro mal morto;

 e dos vermelhos, essa grande maluqueira de sermos todos iguais.

 O alentejano, como se vê, mais do que uma raça pura, é uma raça apurada. Ou melhor, uma caldeirada feita com os melhores ingredientes de cada uma das raças.

Não é fácil fazer um alentejano. Por isso, há tão poucos.

É certo que os judeus são o povo eleito de Deus. Mas os alentejanos têm uma enorme vantagem sobre os judeus: nunca foram eleitos por ninguém, o que é o melhor certificado da sua qualidade.

Conhecem, por acaso, alguém que preste que já tenha sido eleito para alguma coisa?

Até o próprio Milton Friedman reconhece isso quando afirma que «as qualidades necessárias para ser eleito são quase sempre o contrário das que se exigem para bem governar».

E já imaginaram o que seria o mundo governado por um alentejano?
.....
...........
..................
ERA UM DESCANSO!!!

Sem comentários:

Enviar um comentário